Lesão de cartilagem no joelho: entenda o tratamento

6 de maio de 2025

A lesão de cartilagem no joelho é uma condição bastante frequente, muitas vezes descoberta em exames de imagem ou mesmo durante cirurgias realizadas por outros motivos.

Nem toda lesão apresenta sintomas ou demanda intervenção. Algumas podem permanecer silenciosas por anos, enquanto outras causam dor, inchaço, estalos e limitação de movimentos.


Por isso, antes de definir qualquer tratamento, principalmente cirúrgico, é essencial lembrar que cada paciente deve ser avaliado de forma individualizada.


O tipo da lesão, a extensão do dano, a idade, o nível de atividade física e os sintomas apresentados são fatores determinantes para a escolha da melhor abordagem.


Acompanhe esse artigo e entenda melhor!


O que é a cartilagem do joelho e quais são as principais lesões?


A cartilagem do joelho é um tecido firme, flexível e sem vasos sanguíneos que reveste as superfícies ósseas da articulação, permitindo que os movimentos ocorram com menos atrito e absorvendo o impacto das atividades do dia a dia. 


Esse revestimento é fundamental para a mobilidade e proteção dos ossos.

 

No entanto, por ser uma estrutura delicada e com baixa capacidade de regeneração, está suscetível a lesões. 


As principais condições que afetam a cartilagem incluem:


  • Desgaste progressivo (condropatia ou artrose);
  • Lesões traumáticas, como fissuras e fragmentações;
  • Lesões por sobrecarga, comuns em atletas ou pessoas que realizam atividades repetitivas. 


Esses danos podem gerar dor, inchaço, dificuldade para se movimentar e, em casos mais graves, comprometer a função do joelho.



É possível tratar as lesões de cartilagem no joelho de forma conservadora?


Sim, podemos tratar a maioria das lesões de cartilagem de forma conservadora, sem necessidade de intervenção cirúrgica, ou com procedimentos minimamente invasivos.


O tratamento conservador envolve, principalmente, a reabilitação, que deve ser direcionada com base em diversos fatores, como o tipo e a localização da lesão (interna, externa ou na patela).


Também é fundamental considerarmos o perfil do paciente (de baixa ou alta demanda física), a presença de sintomas, como dor recorrente e inchaço, além de históricos de lesões ou tratamentos anteriores.


De maneira geral, muitas dessas lesões apresentam boa resposta a abordagens voltadas à reabilitação, sem necessidade de procedimentos cirúrgicos.


Entretanto, existem casos em que isso não é suficiente. Por exemplo, em situações de trauma agudo, como entorses que resultam no destacamento de fragmentos de cartilagem, pode haver comprometimento da articulação tanto pela ausência do tecido quanto pelo incômodo causado por fragmentos soltos dentro do joelho.


Nesses casos, há risco de desgaste acelerado da articulação, exigindo uma abordagem mais invasiva.


Quais opções minimamente invasivas estão disponíveis para tratar a lesão de cartilagem no joelho?


Entre os procedimentos menos invasivos para tratar esse tipo de condição temos a infiltração no joelho, indicadas para lesões pequenas, crônicas ou até mesmo em casos de artrose inicial com comprometimento da cartilagem.


Esses procedimentos podem incluir corticosteroides, ácido hialurônico ou terapias celulares, que utilizam células com capacidade de modular o ambiente articular.


As células podem ser obtidas por meio de aspirado de medula óssea, gordura micro fragmentada ou outras técnicas biológicas.


Essas terapias visam melhorar o metabolismo local da cartilagem, reduzir a inflamação e, em alguns casos, estimular a regeneração da área lesionada.


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Quais tratamentos cirúrgicos estão disponíveis para tratar essa condição?


Entre os tratamentos cirúrgicos que podemos adotar para abordar a lesão de cartilagem no joelho, estão:


Artroscopia de joelho


A artroscopia é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, utilizado principalmente para limpeza da área lesionada e remoção de fragmentos soltos dentro da articulação do joelho.


Sua principal vantagem é a rápida recuperação pós-operatória, já que causa menos danos aos tecidos circundantes.


No entanto, apesar de aliviar sintomas como bloqueios ou estalos, sua capacidade de regenerar a cartilagem é limitada.


Isso ocorre porque a cartilagem tem pouca vascularização e dificuldade natural de cicatrização.


Por isso, indicamos a artroscopia para pacientes com baixa demanda física ou lesões menores, como em alguns casos de osteocondrite dissecante, onde a simples remoção dos fragmentos já traz melhora.


Microperfurações


Quando a lesão de cartilagem exige um estímulo maior para cicatrização, pode-se optar pelas microperfurações.


Essa técnica consiste em fazer pequenos furos no osso abaixo da cartilagem danificada, permitindo que células-tronco e fatores de crescimento da medula óssea migrem para a área lesionada.


Esse processo induz a formação de um tecido de reparo, que, embora não seja idêntico à cartilagem original, pode melhorar a função articular.


A técnica é especialmente útil em lesões pequenas e em pacientes com atividade física moderada.


Contudo, os resultados podem perder eficácia após alguns anos, e lesões maiores geralmente exigem abordagens mais robustas.


Transplante osteocondral


Para lesões mais extensas, uma opção é o transplante osteocondral, que envolve a transferência de um bloco de cartilagem e osso de uma região saudável para a área lesionada.


Quando retiramos o enxerto do próprio paciente, colhemos o material de uma área que não sofre grande carga, minimizando impactos na função articular.


Já no caso de lesões muito grandes, podemos utilizar enxertos de cadáver, que dispensam a coleta do próprio paciente, mas dependem da disponibilidade de bancos de tecidos.


Essa técnica oferece bons resultados em termos de restauração anatômica.


Porém, exige cuidados pós-operatórios e, em alguns casos, pode haver complicações no local de onde o enxerto foi retirado.


Fixação de fragmentos 


Em situações onde a cartilagem se solta junto a um fragmento ósseo – como em fraturas osteocondrais recentes, a fixação cirúrgica pode ser a melhor opção.


Nesse caso, reposicionamos o fragmento e fixamos com parafusos ou pinos, permitindo que ele cicatrize no lugar original.


Essa abordagem é vantajosa porque preserva a cartilagem nativa, mas só é viável quando o fragmento está em boas condições e realizamos o procedimento precocemente.


Porém, se a lesão for muito antiga ou o tecido estiver degenerado, outras técnicas podem ser necessárias.


Técnica de membrana de colágeno


Lesões muito extensas, onde outras técnicas não são suficientes, podemos tratar com o uso de membranas de colágeno.


Essas estruturas funcionam como um "andaime" que recobre o defeito cartilaginoso, podendo ser preenchidas com diferentes materiais, como células-tronco da medula óssea, gordura micro fragmentada ou até mesmo cartilagem picada.


Recentemente, técnicas combinadas com cola de fibrina têm permitido fixar melhor esses enxertos, aumentando as chances de sucesso.


Essa abordagem é versátil e pode ser adaptada conforme a necessidade do paciente, sendo uma opção promissora para casos complexos.


Lesão de cartilagem no joelho? Conte com o Dr. Diego Munhoz!


Se você recebeu o diagnóstico de uma lesão de cartilagem no joelho ou apresenta sintomas como dor, estalos e dificuldade para se movimentar, é hora de procurar o especialista.


Como vimos acima, os tratamentos cirúrgicos para esse tipo de lesão têm avançado rapidamente, oferecendo soluções personalizadas.


Podemos adotar desde técnicas minimamente invasivas até abordagens mais complexas, sempre com o objetivo de restaurar a função do joelho e devolver a qualidade de vida.


O Dr. Diego Munhoz é ortopedista com foco em cirurgia do joelho, formado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP.


Além disso, possui ampla experiência em hospitais de referência como Albert Einstein, Sírio-Libanês, 9 de Julho, Samaritano e São Camilo.


No consultório, o atendimento é próximo, individualizado e baseado nas melhores evidências médicas.


Então, agende sua consulta agora mesmo e descubra qual o melhor caminho para tratar sua lesão de cartilagem com segurança, precisão e cuidado especializado.


Dr. Diego Munhoz

Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

Acompanha com proximidade o quadro clínico do paciente e atua do diagnóstico a reabilitação!

  • Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP);
  • Residência em Ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Especialização em cirurgia de Joelho pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos residentes de ortopedia durante o ano de 2018 no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos alunos de medicina(internos) durante o ano de 2019 Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Habilitado em Cirurgia Robótica do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia;
  • Atualmente, cursa doutorado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP).
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