Artrose no joelho em jovens: como é o tratamento?

Embora muitas pessoas associem a artrose no joelho ao envelhecimento, essa condição também pode afetar pacientes mais jovens.

Isso pode ocorre especialmente entre aqueles que já sofreram lesões articulares, praticam esportes de alto impacto ou possuem fatores de risco como sobrepeso e desalinhamento dos membros inferiores. 

Assim, quando surge precocemente, a artrose pode causar dor persistente e limitar atividades cotidianas e profissionais. 

Por isso, compreender as opções de tratamento disponíveis e como elas podem ajudar a preservar a saúde da articulação é essencial para evitar a progressão da doença!

O que é artrose no joelho e por que pode surgir em pessoas jovens?

A artrose no joelho é uma doença caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem que reveste a articulação. 

Embora seja mais comum em pessoas acima dos 50 anos, ela também pode surgir em jovens, especialmente quando há fatores de risco associados.

Estudos mostram que o problema não é tão raro quanto se imagina.

Essa pesquisa, por exemplo, ressalta que a artrose de joelho afeta também adultos jovens, com significativo impacto na capacidade funcional e qualidade de vida.

Esse processo ocorre porque o impacto repetitivo ou uma lesão acelera a degeneração da cartilagem, que não possui capacidade de regeneração completa. 

Quais fatores de risco aumentam as chances de desenvolver artrose precoce?

Os principais fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver artrose precoce no joelho incluem:

• Lesões articulares prévias: rupturas de ligamentos, lesões de menisco ou fraturas que afetam a articulação;
• Prática de esportes de impacto: corrida em excesso, futebol, basquete e outras modalidades que sobrecarregam o joelho;
• Obesidade ou sobrepeso: aumento da carga mecânica sobre a articulação, acelerando o desgaste da cartilagem;
• Desalinhamento dos membros inferiores: joelho valgo ou joelho varo que altera a distribuição da carga;
• Predisposição genética: histórico familiar de artrose precoce;
• Movimentos repetitivos no trabalho: profissões que exigem agachamentos, ajoelhar-se ou levantar peso constantemente;
• Sedentarismo: fraqueza muscular que reduz a estabilidade da articulação e favorece o desgaste.

Quais são os primeiros sinais que devem chamar a atenção?

Os primeiros sinais da artrose no joelho que devem chamar a atenção incluem:

• Dor no joelho: inicialmente leve e intermitente, piora com esforço físico ou longos períodos em pé;
• Rigidez matinal: dificuldade para movimentar o joelho ao acordar ou após ficar muito tempo sentado;
• Inchaço leve: resultado de inflamação na articulação;
• Estalo no joelho ou crepitação: sensação de atrito ou “rangido” ao movimentar o joelho;
• Diminuição da flexibilidade: dificuldade para dobrar ou esticar totalmente a perna;
• Sensação de fraqueza ou instabilidade: como se o joelho fosse “ceder”.

Como fazemos o diagnóstico da artrose no joelho em pacientes mais jovens?

O diagnóstico da artrose no joelho em pacientes mais jovens começa pela avaliação clínica detalhada.

Investigamos os sintomas e analisamos o histórico de traumas, prática esportiva, sobrepeso ou predisposição familiar. 

Durante o exame físico, observamos a amplitude de movimento, a presença de estalos, deformidades e sinais de instabilidade. 

Então, para confirmar o diagnóstico, pedimos exames de imagem.

A radiografia é a primeira escolha e permite identificar estreitamento do espaço articular, presença de osteófitos e alterações ósseas típicas da artrose.

Em casos iniciais ou quando há necessidade de maior detalhamento, indicamos a ressonância magnética, pois consegue mostrar alterações precoces da cartilagem e das estruturas ao redor do joelho. 

Também podemos solicitar exames laboratoriais para descartar outras doenças articulares, como artrite reumatoide e gota. 

Quais são as opções de tratamento conservador?

O tratamento sem cirurgia da artrose no joelho em pacientes jovens tem como objetivo preservar a função articular e retardar a progressão da doença. 

Entre as principais abordagens estão o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para controle da dor, sessões de fisioterapia focadas no fortalecimento da musculatura que estabiliza o joelho e exercícios de alongamento.

A perda de peso, quando há sobrepeso ou obesidade, também é fundamental, já que reduz a sobrecarga mecânica sobre a articulação. 

Além disso, podemos recomendar modificações no estilo de vida.



Isso inclui a substituição de esportes de alto impacto por atividades de baixo impacto, como natação ou bicicleta, e a utilização de palmilhas, joelheiras ou órteses para corrigir desalinhamentos e oferecer suporte extra.