Consequências da artrose no joelho
Compreender as consequências da artrose no joelho é fundamental para procurar auxílio médico.
A artrose do joelho está ficando cada vez mais frequente, principalmente devido ao aumento da população de idosos. Trata-se de uma condição irreversível, que não possui cura e que está associada a diversas consequências na vida do paciente.
O tratamento envolve diversas terapias cirúrgicas e não cirúrgicas para tratar desse desgaste.
Vamos avaliar então as principais consequências da artrose no joelho:
Dor
O principal sintoma que esses pacientes apresentam é a dor. Esse sintoma, inclusive, pode ter diversas origens dentro de um joelho com artrose:
- Alterações ocorridas pela perda de cartilagem;
- Inflamação;
- Sobrecarga e mudança de eixo, que podem levar à sinovite (inflamação da sinóvia);
- Edema ósseo (inchaço no osso);
- Tendinites;
- Travamentos, dentre outras fontes de dor.
A dor costuma piorar com atividades de maior impacto, mas em períodos de agudização e inflamação o paciente pode chegar a ter dor ao repouso.
Muitas vezes, esses pacientes já possuem dor há muito tempo e sofrem de dor crônica, necessitando de terapias e medicações especiais para aliviar este sintoma.
Inclusive, a dor é um dos principais parâmetros para a condução do tratamento.
Inflamação e inchaço
Pacientes com artrose podem ter períodos em que ocorre uma maior inflamação do joelho, que se apresentam com um derrame ou inchaço no joelho (água do joelho).
Estes períodos costumam ser dolorosos e limitar a movimentação e amplitude do joelho.
Deformidade
Pacientes que possuem artrose costumam ter perda de cartilagem e, muitas vezes, sofrem de erosões no osso, meniscos e ligamentos.
Essas alterações fazem com que a perna como um todo possa se deformar, levando a um alinhamento anormal em varo ou em valgo, a depender do ponto de maior desgaste do joelho. Essas deformidades, se não tratadas, costumam ser progressivas e afetar muito a mobilidade, dor e qualidade de vida.
Contraturas e Diminuição de movimento
Em decorrência da inflamação, deformidade, dor e todo o processo de desgaste, nossos ligamentos e músculos sofrem contraturas que podem não ser redutíveis.
Essas contraturas, em conjunto com as deformidades, bicos de papagaio e outras alterações, fazem com que o paciente tenha limitação do movimento normal do joelho, ou seja, que sua capacidade de esticar e dobrar fique prejudicada e o joelho fique rígido.
Essa limitação pode atrapalhar algumas atividades diárias e é outra consequência da artrose.
Diminuição de atividades
Devido a todas as alterações de alinhamento, dor, inflamação, contratura e diminuição de movimento, caso não seja tratada, a artrose limita muito as atividades do paciente e, em casos graves, pode limitar até mesmo o andar do paciente.
Essas alterações fazem com que ele fique cada vez mais dependente, principalmente pois nesses casos pode haver uma perda de massa muscular importante associada ao desuso, o que causa ainda mais dependência, em um ciclo vicioso.
Piora cardiovascular
Todo esse desuso e diminuição de atividades podem refletir e influenciar a reabilitação e tratamento sistêmico, ou seja, diminuir a capacidade pulmonar, vascular e cardíaca desses pacientes que, muitas vezes, precisam se exercitar e não conseguem devido ao agravo da artrose.
Adaptação de exercícios e acompanhamento em conjunto com profissional adequado é importante para que o ganho cardiovascular possa ser atingido de forma segura, sem piorar o quadro da artrose.
Pior qualidade de vida / humor
Pacientes que possuem dor e limitação de função sofrem uma piora de sua qualidade de vida e de sua saúde mental. O não tratamento da artrose pode estar associado com aparecimento de distúrbios psiquiátricos, como depressão, ansiedade e irritabilidade.
Em casos em que já haja quadros significativos instalados, há necessidade de seguimento com equipe multiprofissional com ajuda psicológica e psiquiátrica, se necessário.
O ortopedista especialista em joelho é o profissional que faz o devido diagnóstico desta condição!
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Dr. Diego Munhoz
Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.
Acompanha com proximidade o quadro clínico do paciente e atua do diagnóstico a reabilitação!
- Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP);
- Residência em Ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Especialização em cirurgia de Joelho pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Preceptor dos residentes de ortopedia durante o ano de 2018 no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Preceptor dos alunos de medicina(internos) durante o ano de 2019 Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
- Habilitado em Cirurgia Robótica do Joelho;
- Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho;
- Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia;
- Atualmente, cursa doutorado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP).