Síndrome da dor patelofemoral: causas e tratamento

4 de novembro de 2025

A Síndrome da Dor Patelofemoral é uma das causas de dor no joelho, afetando principalmente adolescentes, adultos jovens e atletas.

Ela ocorre quando a patela, ou rótula, não se movimenta de forma adequada durante a flexão e extensão do joelho, gerando atrito e irritação na articulação. 


O resultado é dor localizada na frente do joelho, que pode piorar ao subir escadas, agachar ou permanecer sentado por longos períodos. 


Portanto, compreender as causas desse problema, identificar os sintomas e conhecer as opções de tratamento é fundamental para recuperar a função do joelho, aliviar o incômodo e prevenir complicações a longo prazo.


O que é a Síndrome da Dor Patelofemoral?


A Síndrome da Dor Patelofemoral caracteriza-se por dor na região anterior do joelho, especificamente ao redor ou atrás da patela, também conhecida como rótula. 


Essa dor geralmente está associada ao movimento da articulação entre a patela e o fêmur, especialmente durante atividades que aumentam a pressão sobre essa região, como subir ou descer escadas, agachar, correr ou permanecer sentado por longos períodos. 


A síndrome não se refere a uma única lesão, mas a um conjunto de alterações que podem envolver desgaste da cartilagem, desalinhamento da patela ou desequilíbrios musculares que afetam a biomecânica do joelho. 


Apesar de não ser uma condição grave, a dor pode limitar a prática de atividades físicas e impactar a qualidade de vida, exigindo avaliação e manejo adequado do especialista em joelho.


Quais são as principais causas dessa condição?


As principais causas da dor patelofemoral incluem:


  • Desequilíbrios musculares: fraqueza ou descoordenação do quadríceps, especialmente do vasto medial oblíquo, pode alterar o alinhamento da patela e gerar sobrecarga;
  • Alterações biomecânicas: pé pronado, joelho valgo (desvio para dentro) ou encurtamento de músculos posteriores da coxa podem aumentar a pressão na articulação patelofemoral;
  • Sobrecarga repetitiva: atividades que exigem flexão do joelho de forma constante, como corrida, saltos ou subir escadas, podem irritar a cartilagem e tecidos ao redor da patela;
  • Traumas ou lesões diretas: quedas, pancadas ou impactos diretos no joelho podem desencadear dor e inflamação na região patelofemoral;
  • Alterações anatômicas: patela alta ou baixa, formato irregular da patela ou do sulco femoral podem predispor a um contato inadequado entre os ossos, gerando dor;
  • Fatores de crescimento e adolescência: durante o crescimento, descompassos musculares e alterações ósseas temporárias podem aumentar a vulnerabilidade à dor patelofemoral.


Quais são os sintomas que indicam dor patelofemoral?


Os sintomas mais comuns que indicam dor patelofemoral incluem:


  • Dor no joelho na parte frontal: frequentemente ao subir ou descer escadas, agachar ou ficar sentado por muito tempo (“sinal do cinema”);
  • Estalos no joelho ou crepitação: ruídos ao dobrar ou estender o joelho;
  • Desconforto durante atividades físicas: correr, saltar ou movimentos de alta intensidade podem agravar a dor;
  • Sensibilidade ao redor da patela: toque na região pode causar dor ou incômodo;
  • Inchaço leve: em alguns casos, o joelho apresenta leve edema local.


Como realizamos o diagnóstico dessa síndrome?


O diagnóstico da síndrome da dor patelofemoral é feito por meio de uma avaliação clínica detalhada, observando os sintomas relatados pelo paciente e a forma como ele realiza movimentos que sobrecarregam a patela.


Durante o exame físico, verificamos a sensibilidade, posicionamento da patela, força muscular e alinhamento do joelho, buscando identificar fatores que contribuem para a sobrecarga patelofemoral. 


Também costumamos solicitar exames de imagem, como radiografias ou ressonância magnética, para descartar outras condições ou avaliar alterações estruturais na articulação. 


A combinação da história clínica, exame físico e, quando necessário, exames complementares permite um diagnóstico preciso e direciona o tratamento mais adequado para cada caso.


Quais opções de tratamento estão disponíveis?


Normalmente, iniciamos o tratamento da síndrome da dor patelofemoral de forma conservadora, com fisioterapia direcionada ao fortalecimento dos músculos do quadríceps, quadril e core.



Além disso, indicamos exercícios de alongamento e reeducação do movimento para melhorar o alinhamento da patela e reduzir o atrito na articulação. 


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Também podemos receitar o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos para controlar a dor e a inflamação.


Já em casos mais persistentes ou graves, quando o tratamento conservador não traz resultados satisfatórios, consideramos intervenções cirúrgicas.


Isso inclui o realinhamento da patela, artroscopia de joelho para remover tecido danificado ou correção de deformidades estruturais.


Como prevenir a dor patelofemoral, especialmente em atletas e pessoas ativas?


A prevenção da dor patelofemoral envolve uma combinação de cuidados.


Reforçamos que é crucial manter os músculos do quadríceps, glúteos e core fortes, pois eles ajudam a estabilizar a patela durante os movimentos, reduzindo o atrito e o estresse sobre a articulação. 


Alongamentos regulares das coxas, panturrilhas e músculos posteriores das pernas também são importantes para manter a flexibilidade e evitar sobrecarga. 


Além disso, a atenção à técnica durante exercícios de corrida, salto ou esportes de pivô, assim como o uso de calçados adequados ao tipo de atividade e terreno, contribuem para prevenir esse problema. 


Controlar o peso corporal e respeitar os sinais de fadiga ou desconforto também são estratégias importantes para reduzir o risco de lesão. 


Por fim, sempre que houver dor persistente, inchaço ou desconforto durante a prática esportiva, é essencial buscar o especialista em joelho para avaliação e orientação individualizada. 



Agende sua consulta agora mesmo para receber acompanhamento profissional e manter sua articulação saudável!


Dr. Diego Munhoz

Médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho graduado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

Acompanha com proximidade o quadro clínico do paciente e atua do diagnóstico a reabilitação!

  • Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP);
  • Residência em Ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Especialização em cirurgia de Joelho pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos residentes de ortopedia durante o ano de 2018 no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Preceptor dos alunos de medicina(internos) durante o ano de 2019 Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP);
  • Habilitado em Cirurgia Robótica do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia;
  • Atualmente, cursa doutorado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (IOT HC FMUSP).
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